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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Coordinación de AURORA CUEVAS CERVERÓ

( Universidad Complutense de Madrid )

 

Foto: https://pt.wikipedia.org/

 

MANUEL ANTONIO PÉREZ SÁNCHEZ

(  Espanha )

(1900 – 1930)

 

De Rianxo, vila situada na ria de Arosio, província de Corunha, lugar em que nasceu, aberta ao mar por marinheiros e pescadores, Manuel Antonio Pérez Sánchez acompanha a efervescência dos movimentos nacionalistas que cruzaram a Espanha nas primeiras décadas do século passado. 
Enquanto estudava para ser piloto de barco, assistia à criação das Irmandades da Fala na Província de Galiza — limitada ao Sul por Portugal e à Leste pela Espanha — que, como sugere o nome, propagavam-se entre aldeias e cidade com o propósito de tornar o galego uma língua literária. As cantigas trovadores em galego-português  iam distantes; era preciso recriar a língua e a própria linguagem nestes novos tempos.
(...)

JERUSA PIRES FERREIRA / JOSIAS ABDALLA DUARTE

 

Conhecido simplesmente por Manuel Antonio (nunca empregou seus apelidos para assinar os trabalhos literários), foi um poeta galego. 

 

COYOTE – REVISTA DE LITERATURA E ARTE. No. 22Editores: Ademir Assunção, Editores: Ademir Assunção, Rodrigo Garcia Lopes. Londrina, PR: KAN EDITORA, 2011.  52 p.     
Ex. bibl. Antonio Miranda      

                                                                                                       

        A FRAGATA VELHA

Tens os olhos distantes
adornados por rostos joviais
que os velhos marinheiros
trocaram pelos climas antípodas

Levas no leme
um impulso de braços tensos
que retorceram os largos
horizontes do mar

O vento
torturando
desfolhou dos velames
outonos de mocidades

Compravas colares cirunmeridianos
nos bazares de estrelas
Amarravas faróis dispersos
com o cordame imitador dos sulcos
Fizestes florescer no Mar
primaveras amargas
de espumas e de escamas

Inda que o vento se acalme
Tremula em tuas velas
uma rajada de transmigrações

Neste teu coração infindo
também inflam e baixam
as marés do meu coração.

 

        A FRAGATA VELLA    Tel-os olhos distantes / decorados   
de rostos xoviaes / que os vellos mariñeros / permutaron pol-
os climas antípodas // Levas n-o leme / um pulo de brazos
tensos / que retorceron os largacios / horizontes d´o mar // O
vento / atortorando / desfollou d´os velamios / outonos de
mocedades // Mercebas colares circunmeridiáns / n-os bazares
d´estrelas / Amarrabas faros dispersos / c´o simblador
calabrote d´o ronsel / Floreceches n-o Mar / primaveiras
amargas / de foullas e escamallos // Inda que o vento encalme
/ tremela n-as tuas velas / unha refega de trasmigracións //
N- esse teu corazón inmumerábel / ...tamén enchen e debalán
as mareas d´o meu corazón.



LIED OHNE WORTE

  Boia um esbanjar de marulhadas
tateando os céus sem encontrar a Lua
...Mas a Lua esta noite
desertou dos almanaques
Murcha entre duas folhas
— violetas pensamentos —
do manual póstumo
— outono madrigais —
que eu versifiquei

Mansas vagas unissonantes
reorganizam-se detrás do vento.
Quando passe a rajada derradeira
nos dirá adeus
com o pano branco do gaff-tope

Alude um fracasso
de folhas amarelas
e renovasse o sorriso dos mastros
sempre com brotos novos e joviais

Noiva minha
vestida de lua
que romantizas
tan cursi !
pelo jardim

Sentei-me à proa
fumando meu cachimbo
Mas outra noite pensarei em ti.


LIED OHNE WORTE  Aboya um esbarda de marusias             
/ tentanto os ceos sin atopar a Lua / Pero a Lua esta noite /
desertou d´os almanaques / Murchou antre duas follas / —
violedas pensamentos — / d´o manual póstumo / — outono
madrigais — / que versifiquei eu // Mansas vagas unánimes
/ reorgaizan-se detrás d´o vento / Cando passe a rafega
derradeira / dirá-nos adeus / c´o pano brando d´o gaf-tope
/ Alude a unfracasi / de follas amarelas / e renova-se a son-
risa d´os mastros / sempre c´as ponlas novas e xoviaes //
Noiva miña / vestida de lua / sque romantizas /  ¡tan cursi!
/ pol-o xardin // Sentei-me a proa / fumando a miña pipa /
Pero outra noite pensarei em ti.


        S. O. S.

          Todos pressentimos que a noite
preparava algum sofisma
E o farol extraviado
dava o S-O-S
no Morse
— clave Orion —        
das estrelas

Esses braços abertos da vela
são os mesmos do vento
que se espreguiçou
Na mão do Mar esquecidiço
os luzeiros bicam a cevagem
A estrela dos cabarés
com um cigarro nos lábios
pede fogo aos quatro pontos cardeais
Pela Galáxia cheia de seixos
um astro velho vai com seu farol

Que dão os almanaques
para esta meia-noite?
Mas ainda não sabemos
de que banda vai chegar a meia noite
E o farol extraviado
vai esgotar o seu estoque de S_O_ S.

        S.O.S.  Todos presentíamos que a notei / preparaba algún
sofisma / E o faro extraviado / daba S_O_S / no Morse / no
Orion — / das estrelas // Eses brazis abertos d´a vela / son
os mesmos d´o vento / que se despreguizou / N-a man d´o
Mar esquencidizo / os loceiros peteiran a  bicada / A estrela
d´os cabarets / c´um cigarro n-os beizos / pide lume aos
catro puntos cardiaes / Pol-a Galaxia chea de seixos / um
astro vello vai c´o seu farol // Que dan os almanaques / pra
esta meia-noite? // Pero ainda non sabemos / de que banda
vai chegar a meia-noite / E o faro extraviado / vai esgotar o
seu stok de S_O_S.



NAVY BAR

Este bar tem balanços
E também está pronto
para se fazer à vela

Encheremos o copo
com toda a água do Mar
para compor um coquetel de horizontes

Pendurados nas horas
atlas geográficos de esperantos
estão sem tradução
Tartamudeiam os cachimbos
nos movimentos poliglotas das bandeiras

Este cantar improvisado
é o mesmo
que já se improvisou algures

Quem chegou avisando-nos
deste encontro noturno que temos
com o vento a NE
na encruzilhada das estrelas apagadas?

Aqui bebe incógnito
o Marinheiro Desconhecido
— sem geografia nem literatura —
A noite dos naufrágios
com seu braço salva-vidas
conosco aferrará uma vela de aguaceiros

O corpo derradeiro
estava cheio de despedidas
Pelas ruas dispersas
Íamos nos fechando
cada um dentro do seu alto-mar

No repouso de algum copo
toas as noites naufraga o Bar.

 
        NAVY BAR  Este bar tem balances /E tamén está listo /
        pra se facer á vela // Enchen-nos o vaso / com toda a auga
        d´o Mar / pra compor um cock-tail de horizontes // Pendu-
        rados d´as horas / atlas xerográficos d´esperantos / están
        sin tradución / E tatesan as pipas / c´o ademán poliglota
        d´as bandeiras  // Ese cantar improvisado / é o mesmo que
        xa se improvisou n-algures // Quen chegou anisándonos /
        d´esa ciata noiturna que temos / c´o vento ao NE / n-a
        encrucillada d´as estrela apagadas? // Ei-que bebe de incó-
        nito /o Marinheiro Desconocido / -sin xeografia nin literatura
        — / A noite d´os naufraxos / c´o seu brazo salva-vidas /
        aferrará com nosco unha vela de chubascos // O vaso derra-
        deiro / estaba cheo de despedidas / Pol-as ruas dispersas /
        Pol-as ruas dispersas /ibamos fechando / cada un dentro d´a
        sua alta-mar // N-o repouso d´algunn vaso / tdal-as naufraga
        o Bar.       

 

 

 
 
 
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